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Síndrome de Estocolmo, acorrentada pelo medo

 

Marisa Fonseca Diniz


Na manhã de agosto de 1973, dois assaltantes invadiram o Sveriges Kreditbank e fizeram quatro pessoas reféns. Depois da chegada da policia houve confronto com os bandidos, o que exigiu uma árdua negociação para a libertação dos reféns. A negociação levou seis dias, no entanto, os policiais quando finalmente conseguiram a libertação dos reféns acabaram por ficar surpresos, quando os reféns recusaram ajuda preferindo servirem de escudos humanos aos assaltantes. Um dos reféns foi mais longe, após sua libertação criou um fundo financeiro de ajuda para auxiliar nas despesas judiciais dos assaltantes, que após o evento teriam que responder judicialmente por seus atos.

Segundo especialistas, o comportamento que os reféns tiveram após a libertação é conhecido como Síndrome de Estocolmo ou vínculo traumático. Que nada mais é do que uma reação de estresse físico e mental devido à intimidação e a certeza da morte iminente estimulando o instinto de preservação, o que faz com que as vítimas passem a sentir afeto, simpatia, amizade e amor por seus agressores.

Apesar de parecer um comportamento totalmente estranho é mais comum do que se pode imaginar, e não se resume apenas a sequestradores e reféns. A característica marcante desta síndrome é a existência de relações de poder e coerção, ameaça e morte, além de danos físicos e emocionais por um longo período de tempo.

O estresse físico e mental é tão intenso, que faz com que o inconsciente tenha a necessidade de se autopreservar só que para isso ele passa à falsa ideia de que não tem como escapar daquela situação conflitante e acaba acatando todas as ordens impostas pelo agressor, o que faz com que a vítima acredite que isso poderá facilitar e garantir a sua integridade desvinculando-se por completo da real situação pelo qual está passando.


O caso mais famoso no mundo sobre esta síndrome é o que aconteceu com a austríaca Natascha Kampusch, que foi sequestrada aos dez anos de idade na manhã do dia 2 de março de 1998 na cidade de Viena capital da Áustria. Quando a menina estava a caminho da escola, Wolfgang Přiklopil, a sequestrou e a trancou em uma cela no porão de sua casa. Todos os dias, Natascha sofreu torturas físicas, emocionais e sexuais, sendo submetida a estupros diários, restrição alimentar e cárcere privado.

No entanto, em 23 de agosto de 2006 Natascha finalmente conseguiu fugir de seu cativeiro, após uma distração de Wolfgang, enquanto a garota passava aspirador no carro dele nas dependências do jardim. Na época a menina estava com 18 anos de idade, após a sua fuga e libertação do cativeiro, ela passou por tratamento psiquiátrico no Hospital Geral de Viena antes de voltar ao convívio da família. Algumas passagens da história de Natascha no cativeiro mostram claramente sinais da Síndrome de Estocolmo, onde é perceptível que talvez ela tenha desenvolvido algum tipo de afeto por seu sequestrador.

É importante ressaltar que o sentimento de simpatia e confiança que a vítima desenvolve por seu agressor ou sequestrador é em geral um sentimento temporário, que pode ser solucionado com  ajuda psicológica, a fim de que a vítima tenha consciência de ter sua realidade recuperada.

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O trabalho Síndrome de Estocolmo, acorrentada pelo medo de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://cafesonhosepensamentos.blogspot.com/2022/01/sindrome-de-estocolmo-acorrentada-pelo.html.

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