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Moral da história: coletânea de fábulas


Marisa Fonseca Diniz



As fábulas são composições literárias nas quais os personagens são animais que representam características humanas, as histórias são feitas em geral para crianças, mas que servem aos adultos também, e possuem no final do texto um moral da história de caráter instrutivo.

Os mais conhecidos autores de fábulas são Esopo, Jean de La Fontain, Hans Cristian Andersen e o brasileiro Monteiro Lobato. Esopo viveu no século VI a.C foi um fabulista grego, que teria vivido na época da idade antiga. Foi considerado o criador do gênero fábula, apesar de não haver registros de documentos históricos que comprovem a sua existência.

Algumas das famosas fábulas de Esopo sobre:

Gratidão – A formiga e a pomba




Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, no entanto, de forma inesperada, acabou sendo arrastada por uma forte correnteza, estando prestes a se afogar.

Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando  tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da formiga.

Então, subindo na folha a Formiga pode flutuar em segurança até a margem mais próxima.

Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, escondido sob a densa folhagem da árvore, se prepara para capturar a Pomba.

E ele, cuidadosamente prepara sua armadilha, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o iminente perigo.

A Formiga, percebendo sua má intenção, imediatamente dá-lhe uma forte ferroada no pé. Tomado pelo susto e gritando de dor, ele assim deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, se pondo finalmente a salvo.

Moral da História:
Não existe ato de boa vontade ou gentileza que seja coisa em vão.
Gratidão não se mede pelo tamanho do ato, e sim pelo valor de sua utilidade.

Ilusão - A mula vaidosa



Uma mula, sempre folgada, pelo fato de não trabalhar e ainda assim receber uma generosa porção de milho como ração, sentia-se uma privilegiada dentro do curral.

Por isso mesmo era pura vaidade, e comportava-se como se fosse a mais importante dentre os animais do grupo.

E confiante, falava consigo mesma cheia de orgulho: "Meu pai, certamente, deve ter sido um grande e Belo Raça Pura. Sinto-me orgulhosa por ter herdado toda sua graciosidade, resistência, força presencial e superioridade..."

Então, pouco tempo depois, ao ser levada à uma longa jornada, como simples animal de carga, cansada de tanto caminhar com pesados cestos às costas, exclama desconsolada: "Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai, afinal de contas, pode Ter sido apenas um simples Burro de carga..."

Moral da História :
Quando a ilusão adormece nossa razão, a realidade frustra o coração.A ilusão é o único abrigo capaz de acolher todos os nossos caprichos.

Sabedoria – As árvores e o machado


Um homem foi à floresta e pediu às árvores para que estas lhe doassem um cabo para o seu machado novo.


O conselho das árvores, uma assembleia composta pelos Anciãos considerados mais sábios, de comum acordo, aceita o seu pedido, e assim lhe oferecem o tronco de uma jovem Árvore para que sua deliberação fosse cumprida.

E Tão logo o homem coloca o novo cabo no seu machado, começa furiosamente a usá-lo. E em pouco tempo já havia derrubado com seus potentes golpes as maiores, antigas e mais nobres árvores daquele bosque.

Um velho Carvalho, observando a destruição à sua volta, comenta desolado com um Cedro seu vizinho:

"O primeiro passo, este sim significou a perdição de todas nós. Se tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, também teríamos preservado os nossos, e poderíamos ficar de pé ainda por muitos anos..."

Moral da História:
O verdadeiro sábio não menospreza, nem demonstra indiferença ou preconceito, e jamais cultiva o sentimento de superioridade em relação a nenhum ser vivo.
O Maior problema do falso sábio é a dificuldade em reconhecer sua própria ignorância.

Outras fábulas de Esopo, basta acessar o link A raposa e a cegonha  e A raposa e o corvo.

Jean de La Fontain foi um poeta e fabulista francês nascido em Château-Thierry em 8 de julho de 1621 e faleceu em Pari dia 13 de abril de 1695. Algumas de suas fábulas famosas foram as seguintes:

Ambição – A tartaruga voadora


Um certo dia, uma tartaruga encontrou-se com dois patos emigrantes. Ficou horas admirada ouvindo-lhes contar suas grandes viagens pelo mundo a fora.
Vocês é que são felizes, dizia a tartaruga, suspirando resignadamente. Eu também gostaria de viajar, mas ando muito devagar:

-  Por que não nos acompanha? Vamos correr o mundo a três – disse um dos patos.

- Como poderei ir, se não sei nem ao menos andar depressa pelo chão, quanto mais voar por essas alturas e distâncias?                                          - 

Podemos ajudá-la, fazendo como os aviadores. Nós seremos os pilotos e você irá como passageira.

- Mas, meus amigos, onde está o avião?                                            - Não se preocupe. Nós arranjaremos tudo, já!

Pegaram um pau roliço e comprido, e mandaram que a tartaruga se dependurasse nele, com a boca, fortemente. Em seguida cada um  pegou uma das pontas do bastão. E lá se foram pelos ares, batendo as asas compassadamente e levando a feliz tartaruga.

- Segure-se bem, "agarre-se" com força, comadre tartaruga!, gritou um dos patos. A viagem é comprida!

Lá da terra, os animais e as pessoas, admiradas, erguiam a cabeça, fixavam 
bem os olhos; estavam espantados por ver uma tartaruga voando. 

- Olhem, olhem, gritam alguns deles, apontando para o céu. Nunca tinha visto uma tartaruga voar! Aquela deve ser a rainha das tartarugas!

E todos riram gostosamente.

A tartaruga voadora, sentia-se orgulhosa por ser admirada.

- Sou mesmo a rainha, ia respondendo a ingênua tartaruga, mas não chegou a pronunciar nem a primeira silaba, porque, ao abrir a boca, soltou-se do bastão e caiu como um raio, espatifando-se no chão.

Os patos continuaram seu voo, porque é o que mais sabem fazer. E ficaram comentando:

- Da próxima vez que trouxermos alguém que não sabe voar, é melhor providenciarmos um paraquedas.

Moral da história:
Quando tentamos fazer algo para o qual não estamos preparados, podemos nos dar muito mal. Como se diz: " cada macaco no seu galho".

Razão – O lobo e o cordeiro


Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.

- Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo - disse o lobo, que estava alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.

- Senhor - respondeu o cordeiro - não precisa ficar com raiva porque eu não estou sujando nada. Bebo aqui, uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando.

- Você agita a água - continuou o lobo ameaçador - e sei que você andou falando mal de mim no ano passado.

- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu ainda não tinha nascido.O lobo pensou um pouco e disse:

- Se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo.

- Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho único.

- Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue. Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro, agarrou-o com os dentes e o levou para comer num lugar mais sossegado.

Moral da história:
A razão do mais forte é sempre a melhor.

Outras fábula de Jean de La Fontain pode ser encontrada no link abaixo:


Hans Christian Andersen nasceu na cidade de Odense, Escandinávia em 02 de abril de 1805 e faleceu em Copenhagen em 04 de agosto de 1875 foi um escritor e poeta dinamarquês de histórias infantis.

Amor, aparências e verdade - A princesa e a ervilha


Havia uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa, mas não se contentava com uma princesa que não fosse de verdade. De modo que se dedicou a procurá-la no mundo inteiro, ainda que inutilmente, pois todas que via apresentavam algum defeito. Princesas havia muitas, porém não podia ter certeza, já que sempre havia nelas algo que não estava bem. Assim, regressou ao seu reino cheio de sentimento, pois desejava muito uma princesa verdadeira!

Certa noite, caiu uma tempestade horrível. Trovejava e chovia a cântaros. De repente, bateram à porta do castelo, e o rei foi pessoalmente abrir.

No umbral havia uma princesa. Mas, Santo Céu, como havia ficado com o tempo e a chuva! A água escorria por seu cabelo e roupas, seu sapato estava desmanchando. Apesar disso, ela insistia que era uma princesa real e verdadeira.

"Bom, isso vamos saber logo", pensou a rainha velha.

E, sem dizer uma palavra, foi ao quarto, tirou toda a roupa de cama e colocou uma ervilha no estrado, em seguida colocou vinte colchões sobre a ervilha, e sobre eles vinte almofadas feitas com as plumas mais suaves que se pode imaginar.

Ali teria que dormir toda a noite a princesa.

Na manhã seguinte, perguntaram-lhe como tinha dormido.

-Oh, terrivelmente mal! - disse a princesa. Não consegui fechar os olhos toda a noite. Vá se saber o que havia nessa cama! Encostei-me em algo tão duro que amanheci cheia de dores. Foi horrível!

Ouvindo isso, todos compreenderam que se tratava de uma verdadeira princesa, já que havia sentido a ervilha através dos vinte colchões e vinte almofadões. Só uma princesa podia ter uma pele tão delicada.

E assim o príncipe casou com ela, seguro que sua era uma princesa completa. A ervilha foi enviada a um museu onde pode ser vista, a não ser que alguém a tenha roubado.

Moral da história:
Jamais duvide da palavra de uma pessoa verdadeira.

José Bento Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté em 18 de abril de 1882 e faleceu na cidade de São Paulo em 4 de julho de 1948 foi escritor, ativista, diretor e produtor brasileiro.

Paciência – O leão e o ratinho


Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas de um leão.  Estacou, de pelos em pé, paralisado pelo terror. O leão, porém, não lhe fez mal nenhum.
— Segue em paz, ratinho; não tenhas medo do teu rei.

Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava.

Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.

— Amor com amor se paga – disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas. 
Num instante conseguiu romper uma das malhas.  E como a rede era das tais que rompida a primeira malha as outras se afrouxam, pode então o leão se soltar e fugir.

Moral da história:
Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão.

Outras histórias pode ser vistas nos links abaixo:


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