Marisa Fonseca Diniz
A ciência
que estuda o mundo subterrâneo natural, grutas, é conhecida como espeleogia. O
estudo compreende áreas de conhecimento como a geologia, biologia, arqueologia,
geografia, climatologia e a topografia.
O estudo
geológico das grutas tem a finalidade de compreender os processos envolvidos na
evolução dos fenômenos que causam o seu desaparecimento, assim como estudar a
fauna do ambiente das cavernas para entender a adaptação dos seres vivos às
diferentes condições do meio.
As grutas
formam-se em todos os tipos de rochas, as mais belas grutas são formadas em
rochas calcárias, mas as grutas de maior complexidade são aquelas formadas em
rochas carbonatadas. As grutas podem ser classificadas em primárias e secundárias.
As grutas
primárias podem ser formadas em rochas basálticas e em recifes de coral. As
grutas secundárias resultam de processos de alteração química e mecânica nas
rochas, onde os processos dependem também da ação da água e da gravidade.
No fundo do
mar podem ser encontradas tanto as grutas formadas em recifes de coral como as
grutas em glaciares. As grutas glaciares são formadas no interior dos glaciares
que resultantes da passagem de canais de água liquida dentro das formações de
gelo. As grutas são instáveis e têm um tempo de vida relativamente curto.
As grutas em
coral formam-se a partir de espaços que permanecem durante o crescimento dos
edifícios de coral, mas com poucas dimensões. As grutas marinhas formam-se em
zonas de arriba e resultam da ação da erosão das ondas, que tendem a abrir
cavidades nas rochas.
As grutas
marinhas em geral, se desenvolvem em rochas sedimentares estratificadas, onde
há alternância de camadas resistentes, e outras menos resistentes à erosão. A
ação abrasiva do mar desgasta as camadas sedimentares menos resistentes criando
espaços com diversas dimensões, mais conhecidas como grutas marinhas.
As grutas
marinhas mais famosas no mundo são apreciadas por pessoas que praticam esportes
aquáticos. Conheça as 5 mais belas grutas marinhas do mundo:
Belize's Great Blue Hole
Localizado no atol
de recifes Lighthouse em Belize, que possui 300 m de diâmetro e 124 m de
profundidade. A sua forma circular é quase perfeita, nada mais é do que um
abismo de um relevo cárstico. Estes abismos aparecem após o desabamento do teto
das cavidades subterrâneas cavadas pela água na rocha calcária. O Grande Buraco
Azul formou-se durante a última glaciação, onde o nível do mar aumentou em
centenas de metros, e atualmente é muito utilizado por mergulhadores do mundo
todo.
É uma caverna do mar na ilha desabitada de
Staffa, na Escócia e faz parte de uma Reserva Natural Nacional de propriedade
da National Trust for Scotland. A gruta tem formato hexagonal articulado de
colunas de basalto, onde a estrutura é semelhante à Calçada dos Gigantes na
Irlanda do Norte. O teto da gruta é naturalmente arqueada devido as ondas terem
esculpido as rochas, as ondas produzem sons misteriosos no interior da gruta
devido o eco produzido.
Apostle Islands
Localizada
no Lago Superior de Wisconsin nos EUA. As cavernas marinhas estão localizadas
na região dos Grandes Lagos as margens nas Ilhas dos Apóstolos. Durante o
inverno é possível ver as diversas esculturas formadas pelo gelo devido às
formações rochosas terem sido escavadas pela água do mar ao longo dos séculos.
As cachoeiras formadas pela água congelam e formam milhares de gotículas
congeladas em seus arcos e câmaras.
Neptuno Alghero
Localizada
no Golfo de Ponte Conte, na Sardenha. O acesso à gruta pode ser feita de barco
ou a pé descendo 656 escadas esculpidas na parede rochosa que levam à entrada
da gruta. A gruta de Netuno é iluminada e no interior há lagos, corredores,
espaços amplos com estalactites e estalagmites.
Localizada
no norte de Florença na costa do Oregon, EUA. A caverna é a morada de uma
variedade de aves marinhas e leões marinhos. O sistema de cavernas está
no nível do mar e a caverna principal está no oceano com cerca de 2 hectares de
comprimento e com uma cúpula de pedra arqueada com 38 m de altura. A abertura
da câmara principal fica a 300 m do nível do mar, onde o corredor é inundado na
maré alta e fica livre na maré baixa.
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O trabalho
As maravilhas do fundo do mar de
Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença
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Baseado no trabalho disponível em
https://cafesonhosepensamentos.blogspot.com/2018/06/as-maravilhas-do-fundo-do-mar.html.
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