Marisa Fonseca Diniz
A imagem quando interpretada em sua essência é totalmente representativa a semelhança ou aparência de algo. Interpretada pelo lado óptico, a imagem é a figura formada pelo conjunto de pontos que convergem os raios que provêm de determinadas fontes devido à interação com o sistema óptico.
A partir desse ponto de vista de significados reais e virtuais entendemos que qualquer imagem gerada no processo de visão persistente na retina, um décimo de segundo, faz com que uma pessoa tenha a impressão de estar vendo apenas uma imagem que pode ou não estar baseada na ilusão do movimento.
Dentro deste contexto, o cinema pode ser assim interpretado como uma rápida sucessão de imagens paradas que parecem se mover, pois a retina não consegue perceber o intervalo entre elas. A persistência da imagem na retina foi descoberta por Joseph-Antoine Plateau em 1824, inventor de um aparelho que provocava a ilusão do movimento.
Muitos outros equipamentos com esta mesma função surgiram, porém os primeiros a colocar em prática e projetar filmes foram os irmãos franceses Auguste e Louis Lumière, que inventaram um aparelho chamado cinematógrafo em 1895. Inicialmente, os filmes apresentados por eles eram apenas documentários que retratavam a época vivida, tais como apresentações circenses, teatro de variedades, peças teatrais entre outros.
Em 1899, o francês Georges Méliès teve a ideia de dar enredo aos filmes surgindo assim o filme Viagem à Lua, de Júlio Verne. Os primeiros filmes eram chamados de flicks por projetarem apenas dezesseis fotos por segundo criando dessa maneira um movimento mais rápido do que o real. Mais tarde a técnica foi aperfeiçoada e as câmaras passaram a tirar 24 fotos por segundo, o que dava a ilusão perfeita do movimento real.
Até 1927 os filmes eram mudos, o primeiro filme sonoro foi realizado por Alan Crosland, Estados Unidos, “O Cantor de Jazz”, o som captado era transformado em sinais luminosos e gravado na faixa do filme ao lado da imagem, a faixa nada mais era do que a trilha sonora.
Na década de 1950 o cinema sonoro se desenvolveu muito surgindo assim vários outros equipamentos, tais como as grandes telas cinematográficas, que serviram para derrubar a concorrência televisiva. É interessante lembrar que, os filmes mais antigos duravam de 20 a 30 minutos a exibição, no início da década de 1920 nos Estados Unidos foram lançados os filmes de longa metragem que tinham duração de aproximadamente uma hora e meia.
A maioria dos filmes era feita em grandes estúdios que exigiam montantes altos de investimentos. Depois da Segunda Guerra Mundial, os italianos começaram a exibir bons filmes baseados em cenas fotográficas tiradas nas ruas, ou seja, a era neo-realismo tomava conta das telonas pelo mundo todo estimulando o surgimento do cinema em diversos outros países, assim como no Brasil.
Em 1952 foi lançado o primeiro filme 3D anáglifo, que usava cores e filtros para dar à sensação de profundidade, apesar de ter sido um fracasso de bilheterias, a ideia não foi encostada, e em 1970 foi lançado o primeiro filme, Tiger Child, em formato IMAX que apresentava uma resolução de imagem muito superior. No final da década de 1970, o som também evoluiu e começou a utilização de Dolby Stereo, no qual permitia uma maior resolução tecnológica da sua reprodução cinematográfica como pode ser percebida no filme Apocalypse Now.
Em 1995, o filme Toy Story foi o marco do 3D, sendo a primeira animação a utilizar na integra as imagens reproduzidas por esta tecnologia digital. Após a virada do século, em 2002, o filme Star Wars: Ataque dos Clones foi o primeiro filme a ser gravado em suporte digital, ou seja, sem película. O filme Avatar foi um marco da tecnologia 3D no ano de 2009, porém o filme Hobbit foi mais além utilizando o recurso de imagem em 48 quadros por segundo dando mais naturalidade aos movimentos reproduzidos.
Atualmente, o cinema está na era digital e é distribuído através de discos rígidos por meio da internet, links de satélite ou discos ópticos como os discos Blu-ray. Os filmes digitais são projetados usando a alta definição de resolução 2k (2048 × 1080 ou 2,2 megapixels) ou 4K (4096× 2160 ou 8,8 megapixels). E que a evolução tecnológica no cinema siga adiante, vamos aguardar as próximas aplicações digitais nos próximos filmes.
O cinema possui duas vertentes bem interessantes, a saber, o cinema alternativo e o convencional. Os filmes que são projetados nos cinemas alternativos não são filmes de grandes bilheterias e sim mais voltados à cultura com produções em vários países, alguns documentários, mas em geral premiados em circuitos de cinema fechado. Os filmes são excelentes, o preço dos cinemas alternativos é pouca coisa superior aos convencionais, e vale à pena assistir a programação oferecida por estes cinemas.
Não
há nada melhor do que uma boa sessão de cinema com pipoca em uma sala
confortável, porém em alguns países é possível se ver um bom filme em lugares
um tanto inusitados, nos quais ninguém imaginaria que poderia proporcionar um
divertimento para lá de original.
Na Grécia, o expectador pode assistir há uma boa sessão de cinema no
Cine Thisio é a mais antiga sala de cinema ao ar livre em Atenas, construído em
1935 funciona de abril a outubro. Além de ser um cinema que funciona no verão,
a paisagem ao redor é bem histórica, pois o Acrópole e o Parthenon ficam
próximos ao local, e a vista noturna é maravilhosa.
Na
Índia,
o complexo de entretenimento Hyderabad possui uma das maiores telas de cinemas IMAX do mundo em 3D,
medindo 72 x 92 metros, a emoção de assistir qualquer filme em uma tela dessas
é emocionante e vale a pena passar horas ao celular para tentar fazer uma
reserva.
Na Coréia do Sul, o cinema CGV proporciona aos apaixonados por cinema um lugar luxuoso com direito a jantar é o Cine Chef. Os cardápios incluem a culinária francesa e a italiana, e depois do delicioso jantar os clientes podem sentar relaxadamente nos bancos Quinette Gallay os mesmos que são utilizados pela realeza dos Emirados Árabes Unidos em cinemas privados.
Nos Estados Unidos, a cadeia de cinemas Alamo Drafthouse proporciona aos seus expectadores uma maneira mais descontraída de assistir as sessões de cinema. O cliente pode ficar a vontade com seu celular ligado, e ainda é servido no seu lugar de comida e cerveja, sendo assim a maneira mais descontraída de se ver um bom filme.
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O trabalho
Cinemas criativos ao redor do mundo de
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Baseado no trabalho disponível em
https://cafesonhosepensamentos.blogspot.com/2014/09/cinemas-criativos-ao-redor-do-mundo.html.
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