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05 Fábulas Interessantes para o Dia-a-Dia
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O Carvalho e a Cana
Fábulas de La
Fontaine
Às margens de um campo de trigo-mouro, um grande carvalho se elevava em direção ao céu.
Era uma planta magnífica; tinha um grande tronco robusto e maciço, uma
espessa folhagem muito verde que se podia ver as milhas e milhas de distância.
Perto do campo, à margem de um fosso, crescia uma cana alta e fina, com as longas folhas em forma de lança, de uma pálida cor verde prateada.
Um dia, o carvalho majestoso dirigiu a palavra à cana:
- Eu morro de pena de você, coitadinha, o destino não lhe foi generoso, não é? É tão fraquinha, que mão pode aguentar nem ao menos o peso de um passarinho e o mínimo sopro de vento a faz baixar até o chão.
Olhe para mim: nos meus galhos, ao contrário, há ninhos em quantidade e alegres cantos de pássaros se cruzam ao meu redor do amanhecer ao pôr do sol.
O mais forte temporal nunca me tirou do lugar, a minha folhagem pode abrigar da chuva um pequeno exército.
A cana escutava, atenta.
- Se pelo menos – retornou o carvalho – você tivesse nascido e crescido ao meu lado! Eu a teria abrigado e protegido. Mas você está aí, à beira do fosso, ao sabor das intempéries!
- As suas palavras são ditadas pelo bom coração e eu lhe agradeço, grande carvalho rebateu imediatamente a cana. Mas o meu destino não é assim tão amargo como você fala. O vento me maltrata, é verdade, mas não consegue me quebrar e, assim que ele vai embora, eu levanto a cabeça de novo.
- Bobagens! – resmungou o carvalho.
E sacudiu a grande folhagem verde, aborrecido por ter sido contrariado por aquela plantinha insignificante.
Dali a pouco o céu começou a cobrir-se de nuvens ameaçadoras, ficou escuro como de noite e irrompeu o mais assustador furacão que se possa imaginar, com rajadas de vento violentíssimas.
Abalroado em cheio por aquela fúria descontrolada, o grande carvalho caiu no chão com um estrondo, a sua folhagem verde foi arrastada para longe e se espalhou, as raízes foram arrancadas da terra.
A humilde cana, abaixada no fosso, resistiu. E quando o céu ficou calmo, levantou novamente a cabeça para o azul.
MORAL DA HISTÓRIA
NUNCA DESDENHE DE QUEM VOCÊ ACHA SER MAIS FRACO DO QUE VOCÊ. POIS, ATÉ MESMO UM SIMPLES VENTO PODE DERRUBAR OS QUE PARECEM MAIS IMPONENTES.
O Cavalo e o Burro
Monteiro Lobato
– Não posso
mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso
irmanamente, seis arrobas para cada um.
O cavalo deu um
pinote e relinchou uma gargalhada.
– Ingênuo! Quer
então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as
quatro? Tenho cara de tolo?
O burro gemeu:
– Egoísta, lembre-se
que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a
minha.
O cavalo pilheriou de
novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem
ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros,
maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as
quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em
cima, sem dó nem piedade.
– Bem feito!
exclamou o papagaio. Quem mandou ser
mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era
aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora…
O Burro Sábio
Monteiro Lobato
No tempo em que os animais falavam, uma assembleia de bichos se reuniu
para resolver certa questão.
Compareceu, sem ser convidado, o burro, e pedindo a palavra pronunciou
longo discurso, fingindo-se estadista. Mas só disse asneiras. Foi um zurrar sem
conta.
Quando concluiu, ficou à espera dos aplausos; mas o elefante, espichando
a tromba para o seu lado, disse:
- Grande pedaço de asno! Roubaste o tempo, a nós e a ti. A nós, porque o
perdemos a ouvir asneiras; e a ti, porque muito mais lucrarias se o empregasses
em pastar. Toma lá este conselho:
UM TOLO NUNCA É MAIS TOLO DO QUE
QUANDO SE METE A SÁBIO.
A Raposa e o Corvo
Esopo
Um dia, um corvo voou perto de uma janela aberta e viu uma mesa com
queijo e frutas. Sempre faminto e um pouco guloso, ele voou furtivamente para
dentro da casa e carregou um pedaço de queijo.
O corvo voou até uma alta árvore para descansar por um momento. Ele estava muito satisfeito com seu tesouro e segurou o queijo firmemente em seu bico.
Uma raposa, escondida debaixo de um arbusto, observou o corvo com olhos brilhantes. Quando viu o queijo, seu estômago roncou e ele ficou com água na boca.
“Como posso conseguir este queijo?” ele indagava. Ele pensou por um momento e então sorriu maliciosamente.
A raposa saiu por debaixo do arbusto e colocou-se diante do corvo. Sorriu-lhe e disse, “Boa tarde, mas como você está lindo hoje”. O corvo inclinou levemente sua cabeça para ouvir melhor.
“Suas penas são mais bonitas que as do pavão”, disse a raposa.
“Seu pescoço é mais elegante que o do cisne”.
O corvo ficou muito interessado. Mas não falou nada e segurou firmemente sua presa.
A raposa respirou fundo. “E seus olhos”, ele disse “brilham mais e são mais aguçados que os da águia, a Rainha dos pássaros.
O corvo deu um passo para a esquerda e para a direita. Ele estufou o peito.
Levantou sua cabeça como se estivesse posando para uma câmera. Mas
continuou sem falar e segurando firme o queijo em seu bico.
“Que pena que você não tem voz”, continuou a raposa. “Que pena que não sabe cantar como um rouxinol – realmente, você seria o Rei dos pássaros”.
Isto era demais para o corvo. Ele tinha que mostrar à raposa que sabia cantar! Ele abriu o bico o mais que pôde. “CRA!” “CRA!” “CRA!” ele gasnou.
O queijo escapou do seu bico e caiu no chão. A raposa faminta apanhou-o e saiu correndo.
“CRA!” “CRA!” gritava o corvo. “Pare, ladrão!” Mas a raposa nem olhou para trás. O queijo se foi embora.
E a
moral da história é...
NÃO SE DEIXE ENGANAR POR BAJULAÇÃO.
A Raposa e a
Cegonha
Esopo
A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas
sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por
brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para
ela foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e
saiu dali com muita fome.
-Sinto muito disse a raposa, parece que você não gostou da sopa.
-Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo.
No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.
-Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estômago o que senti ontem.
Moral da história
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
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