Marisa
Fonseca Diniz
A vida é feita de altas emoções para algumas pessoas,
onde a adrenalina se faz presente sempre que o estresse surge, mas o que
devemos fazer para liberar toda a pressão e viver uma vida mais saudável?
Algumas pessoas preferem a prática de esportes, outras uma
viagem emocionante, não importa qual a opção mais adequada, o importante é se
mexer. Quando exercitamos o nosso corpo, o cérebro produz milhares de reações
químicas, não apenas queimamos gordura ou aumentamos a musculatura, porem
ajudamos no processo de atenção e concentração que vai além do tempo em que
praticamos uma atividade física.
A prática habitual de atividades físicas
colabora na diminuição do peso, além de proporcionar uma melhora na qualidade
de vida, saúde e bem estar. A sensação de relaxamento persiste 30 minutos após
a prática esportiva mudando o funcionamento do pâncreas e crescendo a
capacidade de atenção.
O mesmo acontece com os praticantes de esportes radicais,
a mistura de risco, medo e superação é que faz com que algumas pessoas prefiram
este tipo de esporte, pois funciona como uma fuga perfeita ao estresse diário.
Os esportes radicais recebem este nome por proporcionar aos praticantes uma
sensação de desafio constante em superar o medo e o perigo. A associação de
liberdade, aventura, natureza e adrenalina fazem com que o praticante tenha uma
sensação ímpar de superação e alívio do cansaço físico e mental.
O esporte radical por ter diversos obstáculos a
serem superados proporciona um grande estímulo de superação e autoconfiança de
seus praticantes, porém apesar de todos os benefícios proporcionados nem todas
as pessoas estão aptas a pratica, sendo necessário neste caso fazer uma boa
avaliação física juntamente aos médicos, a fim de evitar a dilatação
aneurismática e provocar uma hemorragia cerebral (AVC).
Os principais esportes radicais praticados são rapel,
surf, montanhismo e paraquedismo, porém há alguns esportes radicais que são
muito mais perigosos, vamos conhecer alguns deles:
Wingsuit é um esporte aéreo extremamente radical, que demanda muita coragem e
força de vontade de quem o pratica. Este esporte é baseado no paraquedismo e
consiste em um salto em queda livre de um local muito alto, em geral de um
penhasco. A prática desse esporte exige o uso de wingsuit (o mesmo que dá nome
ao esporte), que é um tipo de macacão que possui membranas semelhantes às asas
dos pássaros debaixo dos braços e entre as pernas que permite que o praticante
possa planar paralelamente à superfície da Terra.
As membranas são feitas de materiais flexíveis, sendo que
o wingsuit possui também um paraquedas acoplado para a aterragem. Novos
materiais têm sido desenvolvidos para dar maior segurança aos praticantes desse
esporte como é o caso do wingpack. O
wingpack é um modelo intermediário entre o material utilizado na asa delta e o
wingsuit, atualmente as asas estão sendo desenvolvidas com fibra de carbono e
podem chegar a ter uma eficiência de número 6 que permite carregar oxigênio e
outros materiais.
Este esporte causa
vertigens em quem tem pânico de altura, além de atingir altas velocidades,
sendo 220 km/hora na horizontal e 30 km/hora na vertical. Correntes de ar
ascendente, térmicas, contribuem para que os esportistas consigam planar por
longas distâncias logo após a queda livre.
A sensação de liberdade e a paisagem deslumbrante fazem
com que o praticante se sinta um verdadeiro homem-pássaro, porém o wingsuit já
fez diversas vítimas desde que foi criado no século passado em 1930, no ano de
2016 mais de 36 pessoas perderam a vida praticando este esporte.
Wing Walking é um esporte aéreo
tão perigoso quanto o wingsuit, pois a sua prática consiste em realizar
manobras acrobáticas em cima das asas de um avião biplano modelo showcat em
movimento. Este tipo de esporte é muito utilizado em shows aéreos para prender
a atenção do público que assiste em terra pelo espetáculo.
O primeiro wing walking que
se tem conhecimento se deu em um vôo experimental na Inglaterra em 1911, e foi
feito por Ormer Locklear de 26 anos de idade. Destemido Locklear simplesmente
saiu do cockpit do avião em direção as asas em pleno vôo.
O show de wing walking é considerado um esporte suicida e
já matou várias pessoas que tentaram praticá-lo, um simples descuido é o
suficiente para dizer adeus a este mundo.
Base
Jump este esporte e um salto de paraquedas a partir de
objetos fixos. A sigla B.A.S.E significa em inglês estes pontos fixos:
Building – B (construção);
Antenna – A (antena);
Span – S (vão – ponte);
Earth – E (Terra – montanha).
O esporte que conhecemos hoje nasceu em 1975 nas
paredes do El Captain no Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, porém
desde 1912 há saltos registrados.
Os praticantes de Base Jump também podem saltar de
aviões, no entanto a diferença está na altura. Nos saltos de avião, o atleta
costuma iniciar sua queda em torno de 3500 metros do solo, abrindo seu velame
principal por volta 1000 metros de altura. O velame é o equipamento principal
para o atleta praticar com segurança o Base jump, que é a parte de tecido do
paraqueda que sustenta o indivíduo.
A partir de 60 metros é possível efetuar saltos a partir
de pontos fixos e com segurança, porém o grande risco na prática deste esporte
é o vento ou um salto fraco, que possibilita o atleta ficar muito próximo do
ponto fixo de onde ele pulou. Em 2015, uma norte-americana morreu em um salto
de Base jump porque seu paraquedas não abriu completamente, por exemplo.
Bungee Jumping é um esporte radical para quem realmente tem
coragem, pois consiste em saltar de uma altura num vazio tendo os tornozelos ou
a cintura amarrada a uma corda elástica. A ideia do Bungee Jumping surgiu de um
ritual milenar chamado Nagho na Ilha de Pentecostes, onde para comemorar a
colheita do inhame os nativos se atiram de uma torre de 30 metros de altura,
amarrados pelo tornozelo por um tipo de cipó.
O esporte funciona da seguinte maneira, o cabo elástico é
preso nos tornozelos para evitar que o rosto bata ao chão durante o salto. O
atleta também utiliza uma cadeirinha de alpinismo ligada ao cabo tudo preso por
mosquetões independentes capazes de segurar os trancos de mais de 3 mil quilos.
A sustentação do cabo elástico é feita por duas cordas
capazes de sustentar mais de 4 mil quilos cada.Uma das pontas é amarrada em uma
estrutura rígida, e a outra ponta é ligada ao cabo elástico por um mosquetão de
aço com capacidade de 5,4 mil quilos. O cabo elástico é formado por um feixe de
fiozinhos elásticos e por dentro deste feixe há uma fita de náilon que garante
a segurança do atleta mesmo quando o elástico arrebenta. Esta fita mais os fios
elásticos suportam até 12 mil quilos.
O grande problema é a segurança destes cabos, que em
alguns casos é ignorada e acaba causando mortes, quando o elástico rompe e não
há nenhum outro cabo de segurança. Em saltos amadores a ponta do cabo é
revestida por espuma que protege o saltador.
Neste tipo de esporte para lá de radical o atleta tem o
coração acelerado devido à liberação de hormônios como a dopamina e a
adrenalina, além de sentir tontura e medo.
Slackline - Highline é um esporte de equilíbrio sobre uma fita elástica
esticada entre dois pontos fixos que permite ao atleta andar e fazer manobras. Há algumas versões deste esporte, tais como:
Waterline –
sobre a água;
Highline – em
grandes alturas;
Trickline – apenas
para manobras;
Longline –
distância de 40 metros.
O
esporte originou-se em meados dos anos de 1980 nos campos de escalada do Vale
de Yosemite nos Estados Unidos. O Slackline pode ser comparado ao cabo de aço
dos circenses e é praticado em espaço indoor. O highline é a modalidade mais
desafiadora que consiste em se equilibrar em uma fita ancorada, geralmente um
cabo de aço, a mais de 10 metros de altura e poder ser feita entre formações
rochosas, canyons, precipícios e edifícios.
Este tipo de esporte exige que o atleta tenha preparo
físico para lidar com mudanças e imprevistos. As travessias são sempre únicas,
porém os locais de ancoragem, as condições climáticas, o tensionamento do cabo,
a distância entre as duas pontas e as condições locais como vento variam e
dependem do momento.
O higline exige técnicas e movimentos precisos,
apesar da travessia exigir muito preparo físico e mental devido a força
exercida sobre o equipamento é alto e pode danificar o cabo.
A segurança deve ser total nesse tipo de prática e na
montagem do equipamento, pois se algo não estiver correto poderá causar a morte
do praticante.
E você já pensou qual desses esportes vai querer
experimentar ou prefere praticar algum mais radical do que os apresentados?
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