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O efeito negativo dos celulares na vida das crianças


Marisa Fonseca Diniz



Certa vez caminhando em uma das cidades do continente americano, me deparei com uma cena um tanto inusitada, duas mulheres conversavam animadamente enquanto os filhos estavam deitados em seus carrinhos olhando fixamente para as telas dos celulares.
Não me contive e parei para observar melhor a cena, as crianças não deveriam ter mais do que três meses de idade, mas os olhinhos delas estavam fixos na programação que passava na tela.
Algum tempo depois, uma cena semelhante aconteceu em outra cidade, na qual pude perceber um casal de amigos conversando animadamente, enquanto uma criança de no máximo uns seis meses de idade, provavelmente filho de um dos casais, torrava de calor sob o sol ardente. Os pais pouco se importavam com a criança que estava sonolenta e chorando em seu carrinho de bebê, tanto que nem mesmo o barulho ensurdecedor dos veículos passando rente às calçadas incomodava os pais. No entanto, depois de alguns minutos de conversa, a mãe da criança pegou seu celular e fixou no carrinho da criança a fim de que ela parasse de perturbar com seu choro irritante, provavelmente de fome ou com a fralda suja ou apenas querendo atenção.
Um show de rock em tom alto tocava a todo vapor no celular, a criança irrequieta não parava de chorar, mais que depressa a mãe aumentou o som, e se virou para os amigos para continuar a conversa, a fim da criança se distrair e deixá-la em paz. A criança por sua vez acabou caindo no sono de tanto chorar, e os pais pouco se importaram com ela.
Nestas duas situações os pais não eram pessoas de classes sociais baixas ou medianas, e não estavam preocupados com as crianças. Os pais precisam estar presentes na educação dos filhos, conversando e olhando em seus olhos, a fim de que sejam disciplinados e educados, o celular jamais substituirá este papel tão importante dos pais.
Vivemos tempos de total falta de paciência e bom senso, uma vez que, dois grandes institutos da América do Norte, a Sociedade Canadense de Pediatria e Academia Americana de Pediatria foram responsáveis por uma série de estudos profundos sobre o problema da exposição de crianças à smartphones e tablets antes dos 12 anos de idade. Segundo os especialistas, há diversos problemas que são causados pelos aparelhos eletrônicos na vida das crianças menores dos 12 anos, a saber:
Problemas de desenvolvimento cerebral
Os cérebros dos bebês crescem muito rapidamente nos primeiros anos de vida, até completar os dois anos, o seu órgão é triplicado em tamanho. Nesse período, os estímulos do ambiente, ou a falta deles, são muito importantes para determinar o quão eficiente será o desenvolvimento cerebral. A superexposição dos aparelhos eletrônicos nesse período pode ser prejudicial e causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento da impulsividade e diminuição da habilidade de regulação própria das emoções.

Obesidade

A obesidade pode estar ligada ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos, no qual estima que crianças com aparelhos no próprio quarto têm 30% mais chance de serem obesas do que outras.
Problemas relacionados ao sono

A constante utilização dos aparelhos pode acabar gerando dependência em diversos graus. Um dos problemas relacionados a isso está no fato de que muitas crianças deixam de dormir para jogar, navegar ou conversar pelos aplicativos de conversa. As principais consequências psicológicas causadas por estas atividades é a falta de sono noturno, que geram problemas de crescimento.
Problemas emocionais

Há estudos de diversas partes do mundo ligando diretamente a utilização excessiva da tecnologia com uma série de distúrbios emocionais. Os mais citados pelos pesquisadores são depressão infantil, ansiedade, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento problemático. Crianças tendem a repetir o comportamento dos adultos e de personagens que consideram referências. Sendo assim, a exposição a jogos e filmes com violência excessiva podem causar problemas de agressividade nas crianças de até 12 anos de idade.
Demência digital


Psicólogos e pediatras dos institutos mencionados acima afirmam, que “conteúdos de multimídia em alta velocidade podem contribuir para aumento o déficit de atenção”. A exposição excessiva também causa problemas de concentração e memória, já que a redução das faixas neuronais para o córtex frontal acontece pelo mesmo motivo mencionado.

Emissão de radiação

A discussão sobre a relação entre o uso de celulares e o surgimento de câncer cerebral ainda é bem polêmica, e pouco conclusiva. No entanto, os cientistas concordam que as crianças são mais sensíveis aos agentes radioativos do que os adultos. Por causa disso, pesquisadores canadenses acreditam que a radiação dos celulares deveria ser considerada como “provavelmente cancerígena” para crianças.

Se você realmente ama seus filhos e por mais cansado que se encontre ao chegar em casa depois de um dia trabalho, não deixe de  tirar um tempo para se dedicar a eles, faça com que sua presença seja sentida pelos pequenos, cante cantigas de ninar para que fiquem tranquilos, passeie com o seu bebê no final de semana, converse com eles, pois não há nada mais agradável do que dar atenção a eles. 

Educar é um ato de amor, não se esqueça disso!



Artigo protegido pela Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou armazenar de qualquer modo o artigo aqui exposto, pois está registrado.



Licença Creative Commons
O trabalho O efeito negativo dos celulares na vida das crianças de Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://cafesonhosepensamentos.blogspot.com/2020/04/o-efeito-negativo-dos-celulares-na-vida.html.

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