Marisa
Fonseca Diniz
Sentada em um café em uma cidade qualquer do mundo em companhia
de amigos jogando conversa fora, observando as atitudes das pessoas ao nosso
redor, bebendo um delicioso café, saboreando um pedaço de bolo e refletindo sobre
fatos diários que nos deixam preocupados, assim escrevo este artigo.
O fato é que, não raramente encontramos em nosso caminho,
a nossa volta, na nossa comunidade, na empresa em que trabalhamos ou no local
em que estudamos pessoas que não se importam nenhum pouco com o outro ou a dor
alheia. Como dizem os especialistas em comportamento vivemos tempos de
narcisismo e egocentrismo, ou seja, as pessoas têm comportamentos
individualistas, onde o centro do universo são elas mesmas, não se importando
de maneira nenhuma com as outras pessoas que vivem no mesmo ambiente que elas.
A falta de empatia se tornou algo comum nos dias atuais,
o que por sinal é muito preocupante, pois indivíduos sem empatia segundo
especialistas em comportamento podem ser consideradas pessoas psiquiatricamente
doentes. A ausência de empatia também está diretamente ligada à falta de
maturidade emocional, ou seja, a pessoa não tem consciência da reação que cada
emoção traz para a sua vida, o que faz com que escolha comportamentos
destrutivos e tóxicos.
Não raramente encontramos no mundo pessoas corruptas,
abusadoras, maléficas, intolerantes, procrastinadoras, traidoras, sem caráter,
preguiçosas, mentirosas, estelionatárias, indiferentes, tóxicas, sim,
indivíduos que não se importam em prejudicar os outros sem dó e nem piedade e
se bobear são capazes de dar gargalhada quando percebem que suas atitudes sem
noção causam mal as vítimas desavisadas.
Atitudes estas que demonstram a quantidade de pessoas
perversas que há no mundo, que são capazes de qualquer coisa para prejudicar quem
quer que seja em prol a algum benefício. No nosso meio é comum encontrarmos chefes
inescrupulosos que não se incomodam em prejudicar um subordinado, pois
acreditam que jamais serão desmascarados.
Pessoas perversas não possuem escrúpulos, se sentem
felizes quando prejudicam os outros, comemoram em alto e bom som acreditando
que os seus aliados irão aplaudir os seus feitos. É triste saber que há tantos
fracos que se unem há pessoas desta natureza pelo medo de serem excluídos do
meio em comum em que vivem.
Seres imaculados que vivem sobre o domínio de pais
narcisistas, que não se importam em falar palavras ácidas cheias de
negatividade cuspindo aos quatro cantos que odeiam ser contrariados por suas
atitudes egocêntricas. Quando não, em algum momento presenciamos situações onde
os filhos são totalmente ignorados em amor, pois os pais acreditam que não
devem jamais abrir mão de suas próprias vontades em prol aos seus filhos.
A educação familiar é terceirizada, as crianças são
largadas na mão dos outros, avós, tios, babás, parentes, amigos, menos para quem tem
obrigação de educar, entenda educação é obrigação dos pais e não dos outros,
nem mesmo dos professores. Traumas gerados deste o berço pelo abandono e que perpetuam
ao longo dos anos.
Esdruxulamente falando é inadmissível suportar
crianças tão mal educadas, pior ainda é ter que engolir pais que acham que as
crianças podem tudo sem ter regras ou disciplina, por acreditarem que ninguém
tem o direito de traumatizá-las quando pequenas. Quando crescem viram
seres delinquentes e correm para os braços dos vulgos amigos que não
terão dó e nem piedade de suas atitudes imaturas.
Ora, quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz,
assim são os seres humanos que vivem fazendo barulho na provocação daqueles que
vivem em paz, pois seres vazios espiritualmente carregam traumas,
incompreensões, rebeldias, distúrbios comportamentais por não terem sido
disciplinados e nem orientados quando pequenos.
O mundo anda de cabeça para baixo, difícil saber o que
devemos esperar para os próximos anos, já que as pessoas estão cada vez mais
cruéis, as crianças emocionalmente abandonadas, chefes corruptos e
perturbados, o esfriamento do amor e o aumento da violência, a selvageria
dentro das escolas como consequência da falta de disciplina e educação que
deveria ser ensinada pela família, a morte estúpida por motivos fúteis, a falta
de espiritualidade, o que pensar dos tempos em que vivemos, a dúvida é cruel e
não poupa ninguém.
Neste momento de descontração fica esta reflexão, pois
vivemos cada dia que passa sob uma nuvem negra, que paira sobre a cabeça de todos,
em geral, as pessoas continuam a viver suas vidinhas medíocres sem se importar
com o que pode acontecer amanhã. Que neste momento crucial em que não sabemos
exatamente o que pode acontecer com o nosso futuro, façamos uma reflexão
analisando detalhadamente nossas atitudes não esperando que a mudança venha
exclusivamente do outro, o primeiro passo da sabedoria deve ser dado por nós
mesmos, a fim de fazermos um mundo melhor.
Nada de pensar exclusivamente no próprio umbigo, pois o mundo
anda constantemente em guerra devido à intolerância de muitos que se consideram superiores a tudo e todos. Abra os olhos para enxergar aqueles que se encontram na
escuridão de seus pensamentos, e que por desespero em encontrar uma solução
plausível acabam se autodestruindo. Nós não somos melhores do que ninguém,
apenas seres em busca da felicidade.
Pense bem, não faça barulho, cuide do seu lado
espiritual, olhe para dentro de si e veja o que precisa ser mudado, ajude mais
e atrapalhe menos, faça menos barulho e leve mais paz a quem quer que seja,
porque a vida é muito curta para ser desperdiçada com inutilidades que não
acrescentam em nada!
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1998. É PROIBIDO copiar, imprimir ou
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O trabalho
Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz de
Marisa Fonseca Diniz está licenciado com uma Licença
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Baseado no trabalho disponível em
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